segunda-feira, 24 de abril de 2017

Ser

Quando o corpo adormece, que caminho seguirão os sentidos?
Que nunca voltem ao tempo do inacessível, o lugar onde existem medos, aflorações diversas ali acomodados.
Mas, um dia, um dia, será o certo para convivermos com a realidade de um corpo adormecido. Será também um tempo de se abrirem as cortinas férreas dos olhos.
Que nunca, jamais se fechem as portas, agora abertas.
Que se abram os caminhos novos.
Que se enfrentem os destinos.
Que se sintam verdadeiramente os corpos quanto tocados.
Que se invertam os sentidos.

Bem aventurados os que sofrem.
Bem aventurados os que sabem onde chegar.
Bem aventurados os que sonham.
Bem aventurados os mestres que nos indicam o caminho da luz.
Bem aventurados os que saem das sombras de um corpo dormente.
Bem aventurados todos aqueles, cujas lágrimas lavam as feridas abertas dos seus semelhantes.
Bem aventurados os que beijam a cruz, como sendo a remissão dos seus pecados.

Quando a semente lançada à terra, brotar, seremos raiz, caule, folha e flor.
Quando a flor der à luz, seremos simplesmente o Amor
Quando o Amor nos descobrir, seremos eternamente uma flor a desabrochar.

Os sentidos serão um caminho aberto.
A luz será o nosso derradeiro caminho até ao Portal Maior.
Aí, seremos verdadeiramente um Ser. Um Ser resplandecente de Luz.

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