sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Desabafos

Eu desabafo com muitos dos meus amigos que comigo fazem a festa dos dias. Só para não cair na tentação das falas e falácias dos mais ousados, nem me sentir sugada pelos seus tentáculos, que tentam a todo o custo abraçar o mundo… (como se o mundo fosse um mar à espera de ser explorado). Ledo engano, o dos torpes que sabem manejar armas bélicas que se acomodam no lugar do seu coração. Não caio nesse mar e prefiro desabafar. Dizer NÃO e rasgar com palavras os modos informes dos que navegam por águas profundas e desconhecidas. Por lá ainda se ouvem as velhas teorias altruístas dos benfeitores da terra:

- Salvem-se todos, mas EU em primeiro lugar, diziam uns
- Salvem-se primeiro as CRIANÇAS e os VELHOS, diziam outros
- Salve-se a HUMANIDADE, diziam ainda alguns
- Salve-se a ESPÉCIE  HUMANA, diziam muitos
- Salve-se o PLANETA, para que renasça uma nova ordem natural e justa para todos, ouve-se ainda, um grito profundo.

Desabafei,  mas não me acostumei ainda a este amontoado de ideias a trazer acoplado um sem número de interesses, que criam  raízes novas, em terra infértil.  
Já muitos não se dispõem a ouvir-lhes nada, porque desse nada, nascem gritos agudos, astutos e convenientes, interesses vários em todas as direções, onde já nasceu um novo GRITO HUMANO: 
SALVE-SE QUEM PUDER


DM (Dakini)