Eu desabafo com muitos dos meus amigos que comigo fazem a festa dos dias. Só para não cair na tentação das falas e falácias dos mais ousados, nem me sentir sugada pelos seus tentáculos, que tentam a todo o custo abraçar o mundo… (como se o mundo fosse um mar à espera de ser explorado). Ledo engano, o dos torpes que sabem manejar armas bélicas que se acomodam no lugar do seu coração. Não caio nesse mar e prefiro desabafar. Dizer NÃO e rasgar com palavras os modos informes dos que navegam por águas profundas e desconhecidas. Por lá ainda se ouvem as velhas teorias altruístas dos benfeitores da terra:
- Salvem-se todos, mas EU em primeiro lugar, diziam uns
- Salvem-se primeiro as CRIANÇAS e os VELHOS, diziam outros
- Salve-se a HUMANIDADE, diziam ainda alguns
- Salve-se a ESPÉCIE HUMANA, diziam muitos
- Salve-se o PLANETA, para que renasça uma nova ordem natural e justa para todos, ouve-se ainda, um grito profundo.
Desabafei, mas não me acostumei ainda a este amontoado de ideias a trazer acoplado um sem número de interesses, que criam raízes novas, em terra infértil.
Já muitos não se dispõem a ouvir-lhes nada, porque desse nada, nascem gritos agudos, astutos e convenientes, interesses vários em todas as direções, onde já nasceu um novo GRITO HUMANO:
SALVE-SE QUEM PUDER
DM (Dakini)
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