segunda-feira, 30 de outubro de 2017

domingo, 29 de outubro de 2017

(E Tu e eu…sempre na senda de uma história incompleta)


Porque a poesia, por se tratar de uma linguagem em pleno da alma…também nos trai na relação com os outros.
Eu já ultrapassei isso. Acho que nunca me senti intimidada por o fazer. Somos Pessoas, e depois? Pessoas com sentimentos similares, sendo essa partilha que nos faz crescer e nos leva ao toque, e ao sentir cá dentro a dádiva que nos foi dada por sermos um caminho ainda em aberto, a encurtar distâncias, a saber gerir o tempo onde escrevemos os sentimentos, e tudo o que está para lá e para cá da mesma linha.

A poesia é a escrita por excelência, é a linguagem que mais nos aproxima, e que por muito que a ignoremos ela está sempre presente nos passos que damos; 
- quando ouvimos os sons da natureza, até mesmo quando ela nos confronta com o bom e o mau. Ao contemplamos uma flor, sabemos da nossa fragilidade, ao olharmos uma flor de Lotus, saberemos como será a díspar envolvência com o Divino que há em nós. 

Tudo o que nos rodeia é Poesia, a Vida a manifestar-se. O Amor, um caminho ainda distante, mas forte a vontade de o percorrer, mesmo que seja árdua a trajectória.
Assumirmos que somos isto ou aquilo, que escrevemos sobre este e aqueloutro, não faz de nós nada mais do que somos: Pessoas. Uns escrevem, outros pintam, outros esculpem a pedra dura, moldando ali sentimentos, outros ainda por nada disto fazerem, sentem, ouvem os sons melodiosos de uma música, inspiram outros a que dêem voz aos seus próprios sentimentos. Às vezes um simples olhar sobre as coisas, basta. E por isso se Poetas há, somos todos um pouco de poesia a brotar dentro dos nossos corpos. Nunca abandonar o ser genuíno que somos…nunca, à custa de um querer ser qualquer coisa…além do que somos . Além Somos e aquém seremos....

E se houver ainda pessoas, que não entendam isto, e que passem ao lado disto, e se porventura, tentam fazer da vida uma cópia sem o sentir, ou ainda se pensam que quem partilha os sentimentos se está a expor, então ainda não acordaram para o seu próprio Ser.
Eu não quero ser nada mais do que sou: 
- alguém que tu também és.
- alguém que como tu sente.
- alguém que como tu chora, sorri, e se lamenta quando tiver que ser.
- alguém que está aqui para aprender contigo.
- alguém que é à tua semelhança um Ser, e se precisares de algo de mim, diz-me... 

Não penses que só o sublime te rodeia, porque se “nem só de pão vive o homem” , então também haverá a fome, a fome do ser, que nos faz andar em círculos. 
Há de tudo um pouco para experienciar.
Não fujas da escuridão, pois será esta que te fará saber como e onde te descobrirás, quando aflorar a ti a consciência plena do que és e porque o és.
Não te rodeies de uma luz fictícia, ilusória e transitória…
Todos os sonhos têm uma luz própria, ainda que à noite os teus olhos se abram para a escuridão. De dia nem sempre os sonhos são claros, quando não sabemos distinguir se são os nossos sonhos que vivemos e desejamos, ou se de os de outrem.

Não te afundes na teoria de um caminho, onde tudo já foi escrito, e onde nem sempre foi sentido, e ordenado segundo uma ordem crescente. Quase sempre é ilusória, e poucas vezes os sons se ouvem, por conta de um ruído de fundo, no final do capitulo.

Não te imiscuas da tua essência, porque apesar da nossa ligação, fazer de nós um Ser Uno, tu és único e só tu sabes como viajar nesse labirinto que é a vida.
Abandona os espaços criados para a oração, e sê tu próprio um som que ouças bem fundo, até que te sintas mais próximo de Deus e saibas que é esse o Templo.

Não queiras sobressair perante o teu semelhante, com boas novas, das quais não sabes se são boas as novas directrizes, ou se são apenas figurações já esquecidas nas paredes do templo, afundado nas areias do deserto. Estamos rodeados de Mestres, que se julgam o Supremo....e são nada mais do que nós todos! Os verdadeiros Mestres, chegarão a seu tempo.

Um só passo em falso, estarás às arrecuas e nunca encontrarás o teu próprio caminho.
E como são similares os caminhos percorridos, tu rejeitas percorrer os mesmos por achares que estás um passo à frente, quando se sabe que todos temos a mesma identidade, e que todos os caminhos são os mesmos e validados no final.

E se no final ainda não souberes quem és, por pensares que estás na linha da frente, mais perto do céu, terás que voltar atrás e dar-me a mão.
Mas se sentires que a minha mão nos pode ajudar a abrir portas fechadas, que bom….que bom que é sentir que pouco se sabe, e que teremos que percorrer ainda outros caminhos e sentir novas coisas, e amar outras ainda maiores….

(E Tu e eu…sempre na senda de uma história incompleta)

ONIX/DM

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

terça-feira, 10 de outubro de 2017