Perto do ponto mais alto
onde só o vento conhece
a solidez do tempo….
que enche os espaços fechados
Ali no centro do poema
que se agita acima das águas
quando por força de um elemento
a terra lhe treme debaixo dos pés
Não sei até que ponto
as asas batem livremente
pois se todo o arvoredo
se despiu do verde da folhagem
Não sei das rimas cruzadas
nos muros xistosos
não vejo os musgos nas eras
do tempo verde-água
As mãos oprimidas
por cima dos olhos
buscam novos versos
nas sombras
Porque a noite quase sempre
nos devolve
os sons das vozes caladas
dentro de nós...
Amanhecemos !
ONIX
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