Uma daquelas cenas, com uns míseros trocos nos bolsos, para a maior aventura de uma noite de insónias.
Uma noite na companhia desse pesado fardo, a cuidar de mim, mas ao mesmo tempo a sacudir-se todo por dentro da noite.
E este é só um dia solto da semana, livre de algum contratempo que possa chegar com o nevoeiro a sumir-se por mim adentro.
No final, se houver um final, serei de novo o seu fim, para a certeza de um dia a menos, e uma noite para começar.
Noite cerrada nos meus olhos.
Noite aberta no meu corpo.
Noite sentida nos aromas que chegam com um certo perfume.
E esta noite serei a loucura…
Não sei se a serei em tudo a deambular pela cozinha.
Não sei se a loucura se irá estender só pela sala.
Abrirei a janela. É isso!
A janela que fica engasgada entre os vidros foscos, deixará de ser janela.
Trancarei a porta no devido tempo da tua chegada. Fecho-a, mas contigo dentro.
A porta trancada e nós abertos à madrugada
Do lado de dentro soará a noite, porque deverá ser só mais um dia.
Um dia solto da semana....
ONIX
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