Os movimentos da alma são inconstantes. São sinfonias, no corpo, são caminhantes por obras não concluídas. São disfunções continuadas, face ao caminho escolhido.
Pretende-se que todos saibam ler, o que, escrito na origem, são mensagens para todos que as consigam assimilar, para na sua forma límpida as transmitirem na íntegra, sem disfarces, sem calúnias, sem obrigações de qualquer ordem imposta, por forças obscuras, que se movimentam em submundos.
Há mundos internos, fechados. Há caminhos trancados. Há a humanidade inteira em sobressalto. Há medos, há ansiedades, há o ciúme camuflado até pela própria razão de se existir….sem se saber, para que fundamento na terra.
Tem-se a terra como um lugar de nascimento, sem se conhecer como funciona o seu ventre crescente. Tem-se o céu como um lugar de conhecimento do universo, sem se saber romper fronteiras, e conhecer o que existe para lá delas.
Iniciam-se viagens com o pensamento. Tenta-se descortinar o que está escrito nos muros erguidos em todas as direcções. Escrevem-se novas teorias sobre o universo de Deus, sobre o que, sendo invisível, É acima de tudo, a sublime existência que aflora nos movimentos de todos os Mestres que nos trazem a Luz, a verdade dos novos propósitos de Deus para a cura de uma humanidade doente.
Curem-se uns aos outros em todos os espaços fechados, mas abram-se em movimentos abertos, e na vossa clara nudez, mostrem o que por dentro é um jardim. Distribuam as flores que crescem nas vossas mãos, bebam dos fios de água cristalina que jorra da fonte, e não esqueçam nunca, de saberem ler os sinais, quando na rua se encontrarem com a vossa sombra, sendo ela a duplicação do que representam nos caminhos de Deus.
Conversem com ela, porque vos dirá qual a direcção a seguir, quando se perderem por entre sombras invisíveis – as sombras de Deus.
Os teus olhos procuram a luz, tal como a luz procura abrir-se no teu caminho. Se os fechares, encontras-te nesse universo de luzes que habitam o teu corpo, desde que existes. A tua perseverança é um marco da tua existência. Não desistas de continuar a abrir caminhos. Não consintas elevar-te mais do que a linha de fogo, onde existes num ponto dessa linha.
As linhas geométricas existem. Os círculos contém mensagens, que tocarão a todos, quando souberem definir o ponto existencial desse mesmo círculo onde se encontram.
Habitas-me e eu habito-te nessa linha existencial onde se encontram outras formas ainda para nascer. Saibam que nos caminhos fechados, existem forças que nos permitirão escolher as várias direcções. Sejam um só caminho. Sejam uma só força. Sejam simplesmente a mudança, e que os caminhos se abram para um além agora cada vez mais próximo, cada vez mais em consciência e liberdade para a aceitação dos nossos propósitos de vida.
Há corpos que trazem o céu nos olhos. Aproveita essa dádiva que nem sempre as sombras habitam os corpos doentes. Sente como vibram, quando te olham, tal súplica para os seus pecados. Transmuta a tua energia, a que te foi consentida em termos de obrigação para com o outro que te chama, e não esqueças nunca de ser o Amor, em todas as partes do teu corpo, Dá-lhes isso, Amor, dádiva, perdão, união e compreensão, para com os que carregam aos ombros, Almas e delas não sabem, para o que existem e o que pretendem nessa união de Almas.
É imensa a trajectória dos passos de quem chega. É imensa a claridade do seu rosto. É ainda uma imensidão de histórias, que interagem porque todos se precisam. Todos se procuram nas suas diferenças. Todos procuram sair dos escombros, nem que para isso, façam parte dos próprios destroços, que são o seu mundo interno conspurcado, e arredado da luz, própria do seu ser interno.
Inspirem a inocência e tratem-na com o cuidado que toda a pureza merece. As almas que habitam um corpo de uma criança, nem sempre são almas doentes, a viverem ainda o estado de impureza, mas almas em construção para a mudança de paradigma. Daí a violência que é o seu pensamento, a desordem que é o seu mundo, o delinquente caminho, que nada mais é do que a revolta de um mundo a cair no vazio.
Não toquem da mesma forma a alma de uma criança, porque a formação do corpo é ainda uma viagem em construção. Deixem que se revele nos seus anseios, nas suas verdades, porque a sua verdade irá transformar-se naquilo que todos conhecemos – a luta e o confronto que se encontram nas movimentações do corpo e da alma.
Não te encontras só. Não és único. Não confundas os caminhos, que por vezes os caminhos fechados abrem-se quando menos esperamos, e surgem novos movimentos a testarem os teus conhecimentos mais profundos.
Cura-te do peso que carregas. Se não o conseguires num círculo fechado, encontra-te num círculo que desenhas no meio do oceano.
Nem sempre os olhos fechados, são a ausência da alma que habita o corpo. Encontramo-nos em estado de vigília, quando os corpos se tocam, quando a união é um facto, entre os géneros, que unidos se mantém unos na vida.
Às escuras também nos encontramos, quando nos corpos se movimentam os sentidos mais profundos.
Gratidão é o que nos une a todos. Aos que vêem e aos que já cá estão.
Ser grato por virem até nós. Ser grato por permitirem que o Amor se manifeste, seja cedo ou tarde, seja noite ou dia.
Sejamos um caminho aberto para a mudança.
Sejamos uma janela aberta, quando a porta se fecha. Há moradas que todos habitam e outras onde só existe ainda um ponto de luz…..permite-te na luz fechada dos que chegam, seres um ponto de luz a crescer nos seus olhos.
Alarguem o círculo, Insistam nesse ponto de luz. Não desistam das linhas que o formam. Sejam um caminho cruzado, porém nunca descontinuado ….porque no final somos todos um caminho, no meio do deserto.
Há corpos que trazem um deserto nos olhos. Trazem a contingência das almas que por ali se afundaram e que ainda não se encontraram nos caminhos de Deus.
Há desertos frios, metálicos e os seus caminhos insondáveis.
Não ouças secretamente o que num círculo se deverá mover em todos os sentidos da alma.
As almas não sabem dos pontos secretos dos corpos onde se escondem. Sequer sabem de um movimento onde muitas outras respiram. Não haverá nunca a cura da alma, que não aflora no lago onde todos os cisnes se ajuntam para a maior ondulação já vista dos céus.
Nem todos reconhecem a energia que lhes veste o corpo. Recusam. Renegam, difundem-na pelos círculos todos que ainda não conhecem, como se fossem uma tempestade. Sejamos pacientes para com aqueles, que ainda não sabem porque procuram os círculos onde a sua alma é um inconstante movimento.
A energia de Deus rompe os espaços, atravessa desertos insondáveis, não mede as distâncias, nem o tempo que precisa para entrar e desbastar as sombras de um corpo.
O espírito que és, É para todos os enfermos o Espírito de Deus. E, para Deus não há fronteiras.
Toma-o no teu corpo e doa a quem suplica por ajuda e anda perdido do verdadeiro caminho.
Há olhares que se afundam nos teus. Sente-os, porque que nem todas as almas que te procuram têm os olhos de Deus.
Há pessoas que trazem um rio nos olhos. E não sabem porque são um rio, tais as correntes que as habitam, serem, umas desenfreadas no seu caminho para a foz, outras a nascerem em todas as manhãs, como clara luz em todos os desertos secos, áridos e sombrios.
ÔNIX