quinta-feira, 18 de maio de 2017

Porta fechada

Uma sensação de vazio. Vazio por sentir que o que segue nessa direcção, não é recebido, mas escamoteado por não fazer parte do mesmo invólucro
Não forma o Todo.
Vazio por sentir que o que segue, não entra, fica simplesmente a bater à porta...
UMA PORTA POR ORA FECHADA

Uma sensação de vazio, pela perda de um sinónimo aberto à luz.
Esse caminho teu, não é um caminho vazio, mas um caminho na direcção do caos onde está a presença, a semelhança do que somos nos caminhos das sombras.
Esse caminho teu que também é o meu, é simplesmente a ordem inversa desse mesmo caos
O caos dos enganos
O caos das imagens
O caos do abandono
O caos da metáfora da porta
O caos da metáfora da chave
O caos da penitência
O caos onde se perde o pensamento
O caos cuja semelhança ao tombar do corpo que abandonou o cais na última presença do Sol nos olhos, continua a ser o caos.

E agora que o Sol se põe, seguirá caminho, enquanto os corpos abandonados no cais, sofrem pelas mares perdidas, junto ao farol apagado.
Chegam as estrelas do mar alto
Chegam os vendavais dos céus
Chegam todos os sois acabados de nascer
Retornamos nós, até que o Amor nos leve e nos mostre tudo o que perdemos, enquanto não nos víamos.




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