Quando tudo começa do zero, tal uma ponte de ligação a tudo o que existe, à esquerda e à direita desse mesmo ponto (ZERO), e o nada a assumir uma presença inquieta por tudo o que é ali revelador. Uma sequência de imagens distantes, em partículas desintegradas, integram um conjunto, que mesmo sendo um espaço vazio, se nega à dissolução das várias partes que o compõem. A vida fundamenta-se sobretudo pela entrada da luz, cuja existência é a inequívoca síntese do espírito, sem espaço, sem tempo.
Só a simples e sublime existência.
Quando se percebe a igualdade entre os pontos vazios, numa escala designada por tabela dos reinscritos, todas as funções dessa mesma tabela são ordenadas por diferentes estados de Alma.
Divagamos nós, por não termos consciência do nosso propósito aqui na terra, e, indiferenciados, somos a múltipla dimensão desconhecida do corpo, porém a presença inigualável da Alma faz a ponte de ligação ao Todo existencial.
Quando se perceber a origem de um ponto, libertam-se as ideias presas por fios invisíveis a esse mesmo ponto. Definimos os trajectos assimilados ao longo do tempo, um tempo, do qual que não temos a noção exacta do seu início, mas, cuja existência conhecemos como um espaço que nos sabemos a ocupar. Então de que tempo se fala, tendo como ponto de partida um vazio inerente ao espaço sem tempo definido?
Quanto mais sensitivos, mais desprendidos do elementar sentido nos limites dos corpos, mais entendimentos surgirão da Alma, onde as palavras ganharão um novo sentido. Tudo o que vivenciamos neste nosso tempo, não mais fará sentido. Todo um passado remoto se recolherá ao seu lugar de origem. Mas, tal como o sabemos, esse espaço não mais permitirá que sejamos o ponto de partida de um ponto Zero, indefinido. Seremos na dúvida, um espaço vazio num tempo sem tempo, contudo as memórias serão enviadas através de novos espaços ordenados e mais coerentes com o nosso novo sentido da vida.
ONIX
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