Só porque não nos temos, caminho agora em passos soltos, divagando, na tentativa de encontrar o fio condutor da nossa história. Sei que foste, como se foi tudo o que plantaste no meu corpo, mas sei uma verdade nossa que floriu e deixou pétalas rosáceas nas palmas das minhas mãos.
Lembras quando tudo era branco, e eu lancei as rosas ao vento, para que também ele fizesse crescer nos jardins os lírios roxos?
Lembras quando na serra, floriam rosmaninhos, e nós com a sede de mais um agosto, secámos todas as flores silvestres?
Lembras quando nas nascentes de águas cristalinas, saciávamos a nossa sede e crescia no meu ventre a vontade de sermos corpos envoltos em pura seda de águas mornas?
Lembro de tudo, como se fosse ainda hoje o tempo, em que juntos demos início à história que fez correr mundo e fez calar o vento, quando já nada trazia de novo para nós.
Foi aí, lembras? Foi aí que tudo terminou, para dar início ao que, sentindo ainda, te traz um dia de cada vez para mim.
Sabes que nasceram novos lírios roxos e com eles novas cores primaveris?Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=247471 © Luso-Poemas
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