terça-feira, 8 de junho de 2010

Dimensões I(Amor)

Capaz de me inteirar de um mundo que cai sobre os meus ombros, é saber onde reside a força que me ligará ao pai, e que por ligação directa, me direccione à mãe. É nesta que me entrego, esperando que me forneça os ingredientes necessários, de modo a poder vivenciar uma dimensão que me escolheu num momento preciso. È onde sempre te procuro, sem no entanto conseguir que os meus olhos se abram, tal a cegueira que me tolheu e me desenraizou. Sei de outras realidades, e que o véu que nos separa, pode a qualquer momento denunciar-nos, nesta vertente estimuladora, onde deposito o meu corpo, a minha mente e o meu espírito. Resta saber então, de que lado eu quero estar, quando por forças extras que tão bem conheço, me entrego a esta sujeição, onde a dor é pertença única por meios que me são adversos.


Contudo, saber que são as mesmas forças que me criaram, é entregar a minha vida a uma loucura emergente de uma fonte esgotada. A Fonte é e será única. Na terra pousaram já todos os enviados, alicerçados na conjuntura de um mundo, que aguarda por todos os outros, que ainda nascerão de um ventre revigorado e preparado para a nova ordem dimensional, paradigma de uma inteligência emocional, onde a verdade se enraizará e fortalecerá. Fizeram voar as suas mensagens, enveredando por outros caminhos mais consentâneos com as suas verdades, mas nesta minha instabilidade emocional, eu posso entregar o meu corpo e ficar com uma parte dessa visibilidade que me traz sempre à superfície, para respirar. Há outra intermitente força, pintada em tela fresca da minha memória, que me faz desejar-te: amor no meu amor, vida na minha vida, suor no meu suor, pele na minha pele, absorvendo e expelindo odores até ao último suspiro.

Serão estes momentos, que farão submergir as figuras desenhadas, pela minha capaz e interior motivação para voltar à origem. Nela, visualizo os traços que me fazem ir e voltar nesta roda-viva que é a vida. Um olhar novo, focalizado e entrecruzado geometricamente, indicando-me sempre vários caminhos, quando neles encontrar, uma ou várias formas de o desenhar. Se escutar os sinais, que me dirão de um mundo traçado em justaposição com a união vs concentração de vórtices giratórios, encontrarei na base de um triângulo, a forma capaz de me dizer de uma vida, em função de um sonho paralelo que me aguarda na junção das duas arestas que se confinam na união de dois pontos. Para que as formas se mantenham intactas ao meu olhar, terei que abrir o véu, dar um passo em frente e entrar numa outra dimensão, capaz de me elevar a outros mundos que sempre lá estiveram à minha espera. Serão sempre notas em escalas ínfimas de dó a dó…

Aí permanecem todos os seres que habitam um corpo, se ele se dispuser a viver para o mundo e com ele renascer.

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