terça-feira, 21 de maio de 2013

Estranha forma


Que estranha
Forma, é esta
Que a poesia
Encerra em si
Como se de si
Ela dissesse
Mas não quisesse
Ser mais no lugar
Onde os poetas
Se estranham
Mas s’entranham
Nas palavras todas

Que estranha
Forma, é esta
Que a poesia
Encerra em si
Tal como
Se lavra a terra
E se semeiam dores
Como se a terra
Fosse o último lugar
Onde plantar
Vontades
E criar raízes
Fora de si
E para si

Tela de Luiza Maciel


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