quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O meu lugar


O meu lugar há muito que foi escolhido 
e o meu caminho 
há tanto tempo traçado no pó que pisas

Não me tentas
não me vendo, não me compras
não me cega
a luz de néon dos teus olhos

Vira-te de frente para o Sol
comunica com o que pronto 
aí dentro
espera para nascer

Fala em voz alta
que te ouça 
no último canto da verdade
a efémera contagem dos tempos

Abre os olhos e vê
o que nunca viste sentenciado
aí dentro

Fecha os olhos e sente 
o que nunca sentiste na dança
dos sentidos todos acordados

Não me tentas
num sonho há muito esquecido
pelos caminhantes
em busca de néons futuristas

Não me iludem
sóis e luas distantes
não receio os mediáticos 
simbolismos 
desenhados no pó do caminho

Não me tentas!

ÔNIX/DM


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