Esta noite, tranquei a noite no seu próprio espaço. Fechei-a a sete chaves e risquei nas paredes brancas, um único traço dentro de um circulo imaginário, contrariando a imagem refletida daquele lugar .
Cansou-me aquele espaço com paredes nuas e as roupas bem passadas a ferro, guardadas nas gavetas e penduradas nos cabides dos roupeiros. Abrem-se as portas destes, e há dias que me parece saírem de lá de dentro, fantasmas com cores distintas - os engomadinhos do passado. Lá, não existem, nem gravatas e nem chapéus, caso contrário, poderia até imaginá-los pendurados nos círculos traçados nas paredes – espantalhos num pano de fundo branco.
Em suma, decidi-me então por outro com as paredes já pintadas de vermelho. Dá para sentir que ali, é um bom espaço com um pano de fundo virado para futuro. É um espaço, onde ainda se podem construir sonhos, se me lembrar de outros que se batizavam com água benta de todos os domingos em que não se ia à missa. A moldura pendurada na parede, exibe ainda um rosto cândido, uns olhos meigos, e por sobre o cabelo, uma tiara feita de flores naturais que se destacam sobre uns cabelos negros. Colado ao corpo um tecido claro de cetim, realçando as mesmas flores em tom dourado.
Só não sei ainda, se em cima das paredes pintadas de vermelho, cairá bem uma ou outra tela, onde despejei alguns tubos de tinta e as deixei ao abandono.
Preciso escolher as novas cores! Antes, não tinham um espaço. Tinham sim, um sítio onde se encontravam com alguns pontos brancos no “epicentro” da minha vontade. Era mais do que nada, talvez um ponto negro gigante – furúnculo a sumir-se por entre a tez branca e esquelética de um espaço em branco.
Cansou-me aquele espaço com paredes nuas e as roupas bem passadas a ferro, guardadas nas gavetas e penduradas nos cabides dos roupeiros. Abrem-se as portas destes, e há dias que me parece saírem de lá de dentro, fantasmas com cores distintas - os engomadinhos do passado. Lá, não existem, nem gravatas e nem chapéus, caso contrário, poderia até imaginá-los pendurados nos círculos traçados nas paredes – espantalhos num pano de fundo branco.
Em suma, decidi-me então por outro com as paredes já pintadas de vermelho. Dá para sentir que ali, é um bom espaço com um pano de fundo virado para futuro. É um espaço, onde ainda se podem construir sonhos, se me lembrar de outros que se batizavam com água benta de todos os domingos em que não se ia à missa. A moldura pendurada na parede, exibe ainda um rosto cândido, uns olhos meigos, e por sobre o cabelo, uma tiara feita de flores naturais que se destacam sobre uns cabelos negros. Colado ao corpo um tecido claro de cetim, realçando as mesmas flores em tom dourado.
Só não sei ainda, se em cima das paredes pintadas de vermelho, cairá bem uma ou outra tela, onde despejei alguns tubos de tinta e as deixei ao abandono.
Preciso escolher as novas cores! Antes, não tinham um espaço. Tinham sim, um sítio onde se encontravam com alguns pontos brancos no “epicentro” da minha vontade. Era mais do que nada, talvez um ponto negro gigante – furúnculo a sumir-se por entre a tez branca e esquelética de um espaço em branco.
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