quarta-feira, 19 de março de 2014

Silêncios


Que silêncio este
que se transforma
em hábitos
comuns dos vivos

Que silêncio mórbido
quando por nada
se agita
e por tudo se aquieta

Já os rios correm
sem conhecerem
as margens
e nem as ramagens
que tocam ao de leve
a fina corrente

Já os gritos
sacodem mundos
e estes se afundam
nos seus próprios
silêncios

Dolores Marques/Dakini
Foto minha: Rio Paiva Castro Daire

3 comentários:

Filipe Campos Melo disse...

Silêncios rituais
hábitos de uma morbidez contida
(E o mundo?)

Bjo.

orvalhos poesia disse...

Li alguns poemas, mas este trouxe-me o fragor do tempo, senti-me ave,água e céu crescendo entre as ramagens...
Beleza neste teu blog que ainda não tinha visitado.

bj.

Mª Dolores Marques disse...

Grata aos meus amigos Poetas.

Bjs