Assistimos a partir da década de sessenta, ao surgimento de grupos que se mobilizam no sentido de alertar para a preservação do planeta. Por vezes, quando ouço esta frase, inclino-me perante mim e penso em todos os seres vivos em vias de extinção. Serei eu um desses seres, em conjunto com a terra? A sociedade moderna, na ânsia de preservar a sua espécie, e tentar afirmar-se cada vez mais, nem se lembra que está a contribuir em grande parte para a sua própria anulação completa, do que se pensa ser, partindo do princípio, de que se é, só matéria inerte. Extinta a matéria foi-se a totalidade do que se é. Este tipo de sociedade, supostamente desenvolvida, é responsável pelo estado em que se encontra esta nossa morada, que nos acolhe sempre de braços abertos.
Hoje sai à rua, o sol sente-se em grande força, para a época, e encostei-me a uma árvore. Queria sentir-lhe a sua força, e que ela me conduzisse para o centro da terra, e me fizesse criar raízes, longas e penetrantes. Lembrei de Júlio Verne e por consequência do filme “Viagem ao Centro da Terra. Ali, dei comigo a viajar por mundos que não estão às vistas dos meus olhos, mas que poderão existir. Há sempre, quem nos faça lembrar, mundos que se unem e se formam até à inclusão de um novo mundo. Espécies, extintas, dobras de um mundo só, que se partiu em pedaços, onde somos nós a parte existente que o fará erguer de novo, talvez numa outra dimensão.
Mas neste mundo do agora, desenvolvem-se iniciativas para a construção de novas mentalidades, e com elas a assimilação de novos hábitos, neste mundo, do qual fazemos parte como um todo. Alertam-se os países mais desenvolvidos, a utilizarem as novas tecnologias, de forma a evitar a poluição e preservarem o meio ambiente. Aconselha-se os habitantes do planeta, a contribuírem para minimizar os estragos, e colher os frutos, para uma estadia mais saudável a apetecível. Se Gaia, se tornar num local aprazível, nós seremos seres em férias permanentes, num local paradisíaco. Se somos uma ínfima partícula em consonância com o Universo, somos energia em movimento, numa ressonância perfeita.
Tudo está interligado e se a terra nos acolhe há tempos memoriais, ela também é, uma parte inclusa em nós. Vê-la também como uma entidade, com características de um ser vivo, e como tal em sintonia connosco, é primordial. Gaia, nome designado à terra, pela sua força espiritual vigente. James Lovelock, foi a primeira pessoa, após os gregos a dar um nome à terra in “The Reverenge of Gaia. Para que ela sinta a nossa vibração e se afogue nas nossas ondas energéticas e sacie ela também, a sua sede e a sua fome de ar renovado, as alterações terão que ocorrer, primeiramente em nós. Daí, sentirmos aquela necessidade de mudança, para atingirmos o equilíbrio, e os quatro elementos, terra, ar, fogo e água, sejam sons de uma sinfonia cósmica. É pois da nossa responsabilidade, preservarmo-nos, percorrendo os trilhos que se abrem na nossa caminhada, e sermos um só mundo no caminho evolutivo. Esta é a verdadeira ascensão, consciencializando-nos de nós por aqui e por aí, neste que é um mundo ainda a descobrir.
************Mª Dolores Marques*****************
“Até agora os meridianos energéticos de Gaia, têm sido considerados como incorporando polaridades, do masculino para o feminino, positivas e negativas. Agora contudo, o aspecto “criança” da trindade cósmica fundamental – o seu princípio neutro criativo, torna-se cada vez mais activo, quando uma nova era cósmica se prepara para nascer”
Jude Currivan