Sempre que me faço estátua
Nas tuas mãos
Sôfrega de um olhar atento
Lês-me imagens fidedignas
De um sonho distante
Mas presente nas mãos calejadas
De quem sofre por medo
Do tempo
É este vento
A cortar-me o ar que respiro
A dizer-me de um sítio
Onde encontrar
A rosa dos ventos
Calada
Inerte
Sem norte
Nascente
Ou poente
Jaz num pedaço de papel
Que me escreveste
Enquanto eu dormia
Sem me agasalhar
Deste frio desnorte
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