E se o vento rasgar todos os implantes, frequentadores de uma ordem desequilibrada, e os desfilar farrapo a farrapo, no chão que pisamos?
Calcaremos todas as sobras desse malefeito, que enquanto não cega, cada um de nós, vai sendo remendo em trapo a cobrir os corpos gélidos e travestidos, amantes das noites que nos afogam nos seus silêncios malditos?
Já esta espera, é por fim, o fim predestinado a ser vento a soprar em todas as direções. Mas, se o tempo renegar este meu fim, serei então mais um daqueles espantalhos, a enfeitiçar o ar que respiro.
Eis que mais um evento acontece! Inspirarei então a nova ordem de todas as coisas, naturalmente indiferentes aos padrões canonizados e exaltadas no fim de tudo.
2 comentários:
desequilibra-se o caos num rasgar de avulsos ventos
silencia-se a maldição (maldito dito por enunciar) na noite predestinada
enquanto o corpo espera
Até ao advento da ordem
A tua poesia é-me sempre irrecusável
Bjo.
Um prazer saber-te perto dela amigo Poeta
Bjs
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