(foto; São Gonçalves)
O rochedo vibra enquanto os sons se propagam e as ondas se volteiam, para mais uma viagem interminável...lá onde o infinito é a espera e nós a alma em busca do nosso ponto de encontro. Este vazio que me deixa inerte, sei-o bem. Sei-o tão bem quanto o bem que me quer, quando me exponho a ele, e me recebe como quem quer, ...sem saber de um querer mareante no olhar afogueado a descansar no cais.
O rochedo vibra enquanto os sons se propagam e as ondas se volteiam, para mais uma viagem interminável...lá onde o infinito é a espera e nós a alma em busca do nosso ponto de encontro. Este vazio que me deixa inerte, sei-o bem. Sei-o tão bem quanto o bem que me quer, quando me exponho a ele, e me recebe como quem quer, ...sem saber de um querer mareante no olhar afogueado a descansar no cais.
Largadas são as vozes nesse ondular constante, e o eco afunda-se nas águas que se querem vivas para humedecer os olhos de quem quer sair de si e ir ao encontro de um rio que adormece na folhagem verde a vaguear por entre as marés que se vestem de branco. Brancos são também os olhos dos que têm à sua mesa as toalhas de puro linho, e aguardam pelo manjar dos deuses fazendo jus ao seu nome nas ruas desertas, esquecidas pelos nomes todos que as conheceram enquanto vida a encher as cidades. Mas os movimentos trazem consigo a dor de todos os que ainda vivem encostados às paredes sujas, trajadas de negro - resquícios ainda de quem caiu e não se levantou para ir ao encontro de um sonho bem perto do rio que desaguou no mar e não sabe agora para onde se dirigir; se para a foz se para a formação de novos diques que lhes reforcem a vontade de navegar.