sábado, 23 de maio de 2009

Conversemos Através da Alma

Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

*******
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.

Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.

Vem, se te interessas,
posso mostrar-te.


Rumi

domingo, 17 de maio de 2009

O Meu Novo Livro "Subtilezas da Alma"

Este "Subtilezas da Alma" corresponde de facto ao título. Nele o leitor encontra a delicadeza do verbo, como um sopro enunciador de um princípio espiritual que cada um de nós descobre, ou pode descobrir, dentro de si mesmo.

Xavier Zarco
Uma edição da Edium Editores, com prefácio e apresentação de Drª Carmo Miranda Machado, o meu novo livro de poesia "Subtilezas da Alma", irá ser apresentado em Lisboa, com o apoio da Casa do Concelho de Castro Daire. O Evento irá decorrer na Rua do Vale Formoso de Cima, 92-96, em Lisboa (junto à Estação de Braço de Prata) dia 06 de Junho, pelas 15h30m.

Irá estar patente uma mostra de artesanato e durante o evento, o Rancho Folclórico e Etnográfico da Casa do Concelho de Castro Daire irá fazer uma breve apresentação de cantigas tradicionais e trajes dos mais característicos e representativos das gentes e costumes da região da Beira Alta em Castro Daire, no séc. XIX


NU NO ENCONTRO

Subtilezas da Alma só por si é um título subtil que cria um universo poético da compreensão do que sejam a alma ou (as suas…) subtilezas, as possibilidades são infinitas. Procurando no objecto finito do livro que recebe este nome, serei breve e sem subtilezas nu no encontro com o suporte de “Subtilezas da Alma”.Este título é-o do livro e dum poema que começa com este verso «Sou glossário dos sonhos», um substantivo masculino atribuído a vocabulário que explica termos obscuros por meio de outros conhecidos ou dá os termos técnicos de uma arte ou ciência. Seja esta a definição do que nos é proposto e ficamos, entre mãos (pegando no livro), com uma leitura por demais aliciante.O livro está dividido em três partes, o poema mencionado está na primeira e é este o conjunto: Capítulo I – Renascer no Silêncio, Capítulo II – Contactos, Capítulo III – Rumos Indefinidos.

Na leitura possamos Renascer no Silêncio, sentir Contactos e encontrar Rumos Indefinidos… pedir à Poesia (a sua) poesia.

Leitor(es), na última estância podemos ler, ser, ter, encontrar:
«Sou só Eu e Tu
Neste mundo encantado».

Francisco Coimbra

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Seguir Os Sinais

Aprende a seguir os sinais. Se eu estou aqui o tempo todo, se me vês e sabes que nunca te abandono, se sabes que até o desafiar do vento tem a minha mão mágica, se já te entregaste a mim, entregaste a tua vida, se tens consciência de que está tudo entregue, é claro que cada acontecimento, cada surpresa, cada imponderável tem a mão mágica do céu.É mais provável que seja eu a operar quando não estás à espera, quando ninguém conta, e acontece um acto cirurgicamente desprogramado e irreal - em vez de todos os planos e todas as combinações prévias. Aprende a confiar no acaso. O acaso sou eu. O acaso tem a minha lógica, jamais terá a tua. Lê nos acasos a lógica do céu, e aprende a seguir, como a borboleta, a força inefável do vento. A natureza é sábia. Os animais só vão para onde têm de ir. As aves voam milhares de quilómetros, porque sabem as armadilhas do tempo, porque lêem nas entrelinhas do tempo.As baleias percorrem o mundo, através de linhas energéticas e invisíveis desenhadas pela minha mão. Todo o mundo animal se move sob os meus desígnios.Porque é que o homem, o ser humano, o único a deter um nível superior de entendimento, deseja tanto fazer a minha parte? Porque é que quer ser ele a desenhar caminhos para ele próprio? Porque é o único ser sobre a terra que se preocupa com o que é que os outros vão pensar. Porque é o único ser sobre a terra que sofre antecipadamente por causa de uma coisa que pode não dar certo. Porque é o único que tem medo de sofrer. Medo de morrer.

No dia em que o homem compreender que a morte, tal como tudo na vida, é apenas uma mudança de estado, que sofrer é apenas uma mudança de estado, e em última análise, que viver não é mais do que uma permanente mudança de estado, nesse dia, quando deixar de julgar as coisas pelo método simplista do «quero isto» ou «não quero isto», quando o homem descobrir a liberdade inerente ao vento e, simplesmente, se deixar ir, nesse dia, nós cá de cima teremos a missão cumprida.

A Alma Iluminada,
Alexandra Solnado