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Encontro-me sempre na ponta da linha
Complemento-me em elos fechados
Medindo os momentos
Que acertadamente marcam passo
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Olhares que se cruzam
E se desprendem nas horas incertas
Sempre que uma miragem
Transcende a linha do horizonte
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Há um mito que me abraça
E uma flor que morre nos meus olhos
Há uma mistura de nada nos meus braços
E um vento ameno que se descobre na minha voz
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Há um novo olhar aceso
Há um novo olhar aceso
E o tudo jaz em pedaços
Consumido nos círculos de fogo
Consumido nos círculos de fogo
Mas nas mãos fechadas, há um frio gelado
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Vem glorificar as noites que me enlaçam
Vem glorificar as noites que me enlaçam
Agora que morri aos olhos do mundo
Somos só eu e tu
Afogados num destino nosso
A quebrar as regras de qualquer cansaço